segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pra não dizer que não falei das dores

(Após o choque de perceber que já passara da meia-noite e que eu não poderia publicar minha primeira crônica semanal como havia estipulado, somente e sempre às quartas e domingos, não sei o que me aconteceu. Levado por um sentimento inefável, uma mistura desregrada de melancolia profunda, indignação passageira, humor discutível, lírica sem escrúpulos e falta do que fazer, escrevi a “poesia” que segue logo abaixo. Não se assuste, ou melhor, tenha vergonha na cara e se assuste mesmo, onde já se viu, perder tempo lendo porcaria na internet? Você faz idéia da diversidade de atitudes produtivas que poderia estar desenvolvendo neste instante com o propósito de ajudar o mundo ou a si próprio, mas está aqui, ainda, lendo esta frase até o final? Pare agora. Vá estudar. Vá ler. Vá ajudar seu pai, sua mãe. Ponha o lixo pra fora ou comida para o gato ou, sei lá, ponha o gato pra fora e a comida no lixo. Enfim, saia daqui.

Bom, se você chegou até aqui após toda essa advertência preliminar, paciência. Quer dizer, muito obrigado também, e parabéns pela sua coragem, mas agora você está por sua conta. Depois não venha dizer que não avisei.

Ah, uma dica: o texto abaixo é pra ser lido em ritmo de funk carioca.)

Pára tudo, pára tudo
Não sei onde vim parar
O Universo é absurdo
Você pode concordar

Tem gente de todo tipo
Tem gente até demais
Uns ficam chupando pipo
Outros lendo seus jornais

Dá até pra gente indagar:
Essa gente tem pra quê?
Quem pode vir me falar?
Quem pode vir me dizer?

Quem pode expor o segredo
Desse Cara lá no Céu?
Meu irmão, deixe de medo,
Cumpra logo seu papel

Que eu não tou pra pagar mico
Muito menos King Kong
Eu sou pobre, não sou rico
Nem sei jogar ping-pong

É, eu sei, também senti
Essa rima até doeu
Quem já leu até aqui
Sei que já se arrependeu

Mas nada importa, galera
Só nos resta festejar
Tá chegando a Nova Era
Vamu vê no que é que dá

Dá pra sentir que o futuro
Tem rastro e cheiro de guerra
É o destino mais seguro
Desta raça que se encerra

E nem dá pra reclamar
Nem culpar o Satanás
Toda desgraça que há
O Homem é que foi atrás

Mas eu só quero saber
Como vai ser o meu fim
No dia em que eu morrer
O que vão fazer de mim

Vão me enterrar na areia?
Não, não; vão me cremar
Vão me enterrar na areia?
Não, não; vão me cremar

(E a Terra?)
A Terra tá mais quentinha
A Terra tá mais quentinha
A Terra tá mais quentinha
Calma, calma, planetinha
precisa esfriar

Então cancela
Cancela
Cancela o carbonão
Cancela
Cancela
Cancela a poluição
Não se esconde, Tio Sam
Não destrua o Amanhã

E só pra finalizar
Esta rima démodé
Eu queria te lembrar
De outra coisa bem deprê

O petróleo tá acabanu
E ele não é renovável
Pode durar mais cem anos
Mas o fim é inevitável

É preciso uma fonte
De energia alternativa
Pra que haja um horizonte
Pra que a gente sobreviva

Até lá, meu caro amigo
Veja bem como é que é:
Traga paz e amor consigo
E seja o que Deus quiser

Um comentário:

Seane Melo, Secoelho disse...

Esse gato é funkeiro! \o\\o//o/
Será que ele topa uma parceria pra compôr o funk da balança? Só sei que esse hit vai bombar!
Então, solta o frango e vem com a gente!
HUH HUH HUHU